Habitação de Interesse Sustentável

Habitação de Interesse Sustentável

Nesta simulação para um lote ‘virtual’ aplicado a duas zonas bioclimáticas brasileiras distintas – ZB8 e ZB3, foram propostas melhorias das condições de conforto, através de ações com ênfase em eficiência energética, sustentabilidade e processos construtivos industrializáveis. A adequação da edificação ao clima da região, com uso estratégico de sombreamento e ventilação minimizam a necessidade de soluções mecanizadas como a climatização. O presente Estudo Preliminar considerou ainda, a economicidade como um fator indispensável para a viabilidade técnica do empreendimento.

Em termos morfológicos, arquitetura e urbanismo foram pensados complementarmente para a implantação das unidades de habitação, em prol de uma proposta plenamente integrada à cidade, adaptando-se a cada contexto urbano onde estiver inserido, evitando a segregação social.

Praça Interna Arborizada

As varandas e a circulação horizontal avarandada dos andares, ao mesmo tempo em que oferecem sombreamento e proteção à radiação solar, são também espaços de convivência, estruturadores do cotidiano da comunidade.

O conjunto arquitetônico apresenta diversidade tipológica. Cada edifício é composto pela combinação de unidades residenciais de 1, 2 e 3 dormitórios, em uma combinação diversa para cada andar, evitando a monotonia nos diversos pavimentos e nas fachadas. Essa diversidade visível poderá colaborar para acomodar diferentes estilos de vida dos futuros moradores, bem como favorecer a desejada integração do empreendimento ao tecido urbano e social.

Unidades de Moradia e Fachada Ativa
Sala com varanda
Diagrama de Consumo Sustentável de Água e Energia

Estratégias Bioclimáticas

1. Conforto Ambiental e Eficiência Energética: ventilação natural cruzada em todos os ambientes e o sombreamento para controlar a radiação solar direta através de elementos como varandas e venezianas.

2. Paisagismo: na área central do conjunto, cumpre importante papel no conforto ambiental das edificações e na melhoria do desempenho de dinâmicas ambientais. Para os moradores, é uma área coletiva de baixa manutenção, mas de importantes benefícios cotidianos como contemplação e bem-estar.

3. Sustentabilidade: consumo sustentável de água e geração de energia.

4. Tecnologia Construtiva: racionalização dos recursos, industrialização e sustentabilidade foram as premissas elencadas para reduzir tempo de implantação e diminuir geração de resíduos em obra. Para tanto, foi considerado o sistema de Light Wood Frame.

ficha técnica

local: Brasil, ZB8 e ZB3
Concurso Nacional de Ideias em Arquitetura para Eficiência Energética em Habitação de Interesse Social

ano de projeto:
2021

arquitetura:
Márcia Terazaki, Keila Costa

paisagismo:
Luisa Mellis

instalações elétricas e hidráulicas:
Heraldo Ishida

consultor de conforto térmico:
Francine Vaz

consultor ambiental:
Tomaz Kipnis