Sesc Osasco

Proposta para construção da futura unidade do Sesc na cidade de Osasco.

O partido arquitetônico propôs a ocupação dos dois platôs existentes, interligados entre si, por um belvedere suspenso sobre o vale configurado entre eles.

A partir dessa conformação de terreno, a estratégia foi distribuir as atividades da nova unidade, de maneira a oferecer um percurso rico, por meio de uma rua interna.

Esta peça que articula as partes do conjunto arquitetônico e que une os diferentes programas, tem início na escadaria de acesso ao edifício e se desenvolve de forma elevada sobre o curso intermitente de água que atravessa o fundo do vale até tocar a cota natural do terreno, a partir da qual, se prolonga como uma marquise para o interior do lote.

O espaço de convivência com amplo pé direito, elevadores panorâmicos e escadas, tem ventilação e iluminação naturais.

Mesmo com uma grande superfície construída, a implantação respeita a dinâmica natural e a topografia existente, já moldada em taludes e parcialmente drenada, uma vez que as edificações se assentam sobre o terreno sem provocar grandes movimentos de terras.

Belvedere, Rua, Marquise e Passarela interligam e costuram os três volumes que compõem o conjunto arquitetônico que envolve os ambientes externos do Parque Aquático, Praça Livre e Área Infantil.

Há um constante diálogo espacial e visual entre o interior e o exterior, já que todos os ambientes internos voltam-se para o exterior, explorando as diferentes vistas para a paisagem preservada do lote e garantindo ventilação e iluminação naturais.

Cada fachada possui um desenho que resulta da característica dos ambientes adjacentes a ela, da orientação solar e da articulação entre si de todo o conjunto arquitetônico.

A arquitetura explora os planos fechados, vazios, translúcidos, as cores e desenhos da estrutura dos brises, possibilitando uma percepção rica de diferentes texturas e situações, evidenciando sempre a transparência visual entre os diversos ambientes da Unidade.